Oficial de infraestruturas urbanas (m/f) – 01 vaga
Nampula, Nampula Province, Mozambique

No âmbito do Projecto de Desenvolvimento Urbano do Norte de Moçambique (PUNM), o nosso cliente pretende recrutar:

1.      Enquadramento

O Governo de Moçambique com o suporte do Banco Mundial está a implementar  o Projecto de Desenvolvimento Urbano do Norte de Moçambique (PUNM[1]). O projecto terá a duração de 5 anos, nomeadamente de 2022 a 2026, período antecedido de uma fase preparatória que durou 12 meses, tendo terminado no final de 2021.

Contexto Sectorial

O projecto proposto deverá apoiar as cidades no Norte de Moçambique que enfrentam os maiores desafios de médio e longo prazo devido ao crescimento urbano acelerado dentro do contexto de fragilidade e conflito da região. Além disso, a situação actual de conflito crescente no Norte do país cria desafios para essas cidades devido a um grande número de refugiados internos que buscam nas áreas urbanas maior segurança aumentando a demanda por acesso a infraestrutura urbana e serviços básicas, terra e habitação num contexto que esses sectores já eram limitados, e a inexistência de mecanismos para financiar a expansão necessária para atender a crescente população urbana.

O projecto proposto deverá responder a esse contexto de fragilidade e desafios do crescimento urbano acelerado, focando principalmente em apoiar intervenções de grande impacto de médio e longo prazo para aumentar o acesso a infraestrutura urbana e serviços básicos, melhorar o ordenamento territorial e gestão da terra urbana, e habitação. De forma transversal, o projecto deverá contribuir para adaptação e mitigação climática, promover maior transparência, participação e controle social, apoiar maior igualdade de género e combate a violência baseada no género, promover emprego e geração de renda.  

Nesse sentido, o objectivo de desenvolvimento do projecto (PDO) proposto é de: “melhorar o acesso à infraestrutura urbana e as condições de vida em cidades selecionadas do Norte de Moçambique”. O projecto será estruturado em componentes e actividades. A Componente 1 tem como objectivo melhorar a infraestrutura urbana e serviços básicos estruturantes e de maior impacto para o crescimento sustentável das cidades selecionadas.  A Componente 2 tem como objectivo melhorar o ordenamento do território e a gestão da terra urbana preparando as cidades selecionadas para crescer de forma mais inclusiva, eficiente e sustentável. A Componente 3 tem como objectivo melhorar a qualidade das habitações das pessoas mais vulneráveis nas cidades participantes. A Componente 4 tem como objectivo apoiar a implementação. A Componente 5 tem como objectivo facilitar o acesso rápido de financiamento através de realocação de fundos não comprometidos no evento de uma crise ou emergência.

Área de Intervenção

O escopo geográfico utilizou-se de uma metodologia objetiva que classificou todos os centros urbanos a partir de 50,000 habitantes das províncias de Nampula e Cabo Delgado de acordo com os seguintes critérios: (i) população urbana maior; (ii) déficit no acesso a infraestrutura básica (água, saneamento, coleta de resíduos sólidos, e eletricidade); (iii) déficit habitacional qualitativo; e (iv) número de deslocados. Baseado nesses critérios, foi tentativamente selecionado as quatro cidades com o maior índice geral: Nampula, Nacala Porto, Pemba e Montepuez.

Arranjos Institucionais

O MOPHRH, através do Fundo para o Fomento de Habitação, Fundo Público (FFH, FP) é a agência de implementação responsável pela coordenação e gestão geral da implementação do projecto. Uma Unidade de Gestão do Projecto (UGP) foi estabelecida dentro dessa estrutura desconcentrada do FFH, FP em cada província para apoiar na execução das funções coordenação, monitoramento e avaliação, gestão financeiras, aquisições e de salvaguardas. Para a Componente 1 de Infraestrutura Urbana, o FFH,FP conta com apoio na área de água (FIPAG), drenagem e saneamento (AIAS), eletrificação (EDM), estradas e vias (Fundo de Estradas), alem é claro, das vereações de infraestrutura de cada município participante. Para a Componente 2 Ordenamento Territorial e Gestão da Terra Urbana, o FFH,FP tem apoio do MAAP através da Direção Nacional da Terra e Desenvolvimento Territorial (DNTDT), bem como sinergias com o Programa Terra Segura implementado pelo FNDS/MAAP. Para a Componente 3 Habitacional, o FFH,FP tem apoio técnico-metodológico da Direção Nacional de Habitação, e usa de suas estruturas provinciais, coordenando com os sectores sempre que necessário para prestar apoio técnico e metodológicos.

Os municípios participantes, com apoio operacional e técnico do FFH,FP, tem a responsabilidade na planificação, acompanhamento da execução subprojectos conforme suas atribuições legais, e no engajamento cívico.  Será também constituído uma Equipe Técnica Urbana (ETU) para fortalecer a capacidade técnicas durante a implementação do projecto. A ETU terá a responsabilidade de garantir o controle de qualidade através de pareceres técnicos dos projectos e actividade.. Um Comité Directivo será criado com representantes do FFH,FP, MOPHRH, MAAP, ADIN e dos conselhos municipais das cidades participantes para apoiar no acompanhamento e monitoramento do projecto. O projecto também conta com um sistema de gestão de informação, monitoramento e supervisão remota.

O projecto é orientado pelas políticas e normas fiduciárias e de salvaguardas do Banco Mundial. O FNDS, que administra o Fundo de Preparação do Projecto, apoiou no arranque inicial usando de suas capacidades nas áreas de gestão financeira, adquisição e salvaguardas até a UGP estar estabelecida dentro do FFH,FP, e pode,caso necessário, assumir as responsabilidades fiduciárias. Durante a preparação, foi elaborado a Estratégia das Aquisições (PPSD) – resultado da análise de mercado, que orientou a preparação do Plano de Aquisições inicial o qual deverá pelo menos cobrir as actividades dos 18 meses iniciais, o qual se encontra registado no Sistema de Rastreio de Aquisições do Banco Mundial (STEP). O projecto segue as normas do Quadro Ambiental e Social (QAS) do Banco Mundial e que devem ser observadas ao longo de todo o ciclo de vida do projecto. Para tanto, durante a preparação do projecto foram elaborados e aprovados os instrumentos ambientais e sociais (IAS), incluindo: (i) Plano de Compromisso Ambiental e Social (PCAS); (ii) Plano de Engajamento das Partes Interessadas (PEPI), incluindo a descrição dos Mecanismos de Diálogo e Reclamações (MDR) do Projecto; (iii) Quadro de Gestão Ambiental e Social (QGAS); e, (iv) Quadro da Política de Reassentamento (QPR).

 2. OBJECTIVOS DA POSIÇÃO

O objectivo de serviço é de apoia a Unidade Central de Gestão do Projecto (UGP), na coordenação, assistência técnica e acompanhamento da execução das obras de implementação dos projectos de infraestruturas, nomeadamente: (i) reabilitação e construção vias rodoviárias; (ii) reabilitação e construção de edifícios públicos (escolas, centros de saúde, centros comunitários e mercados); (iii) reabilitação e construção de pequenos sistemas de abastecimento de águas; (iv)  extensão da rede de iluminação pública; e (v) Drenagem.

3. ÂMBITO DO PEOJECTO

O projecto é implementado nas cidades e bairros selecionados de: (i) Município de Pemba, bairros Mahate e Chuíba:  (ii) Município de Montepuez, bairros Mpitimbine, Nacate e Napai: (iii) Municipio de Nampula, Bairros de Muatala e Muahivire; e (iv) Município de Nacala, bairros Mathapue e Ontupaia, nas quais o técnico prestará os serviços de: a) assistir a UGP central na coordenação e implementação das actividades no terreno; b) trabalhar com a Equipa Técnica Municipal no acompanhamento e supervisão das obras; c) prestar informação do estado das obras à UGP através de relatórios periódicos; d) desenvolver um plano de trabalho detalhado e garantir o seu cumprimento; e) interagir com fiscal da obra e empreiteiro no sentido de garantir a qualidade da obra e cumprimento do prazo das actividades cometidas no cronograma; ser interlocutor das partes interessadas (FFH, FP, Município, Fiscal, empreiteiro e Comunidade) ao nível local no que diz respeito às obras de infraestruturas.

FUNÇÃO

Reportando aos Supervisores, será responsável por interpretar os desenhos e documentos do projecto; trabalhar em colaboração com a Equipa Técnica Municipal, fiscal e empreiteiro (s) na supervisão de obra; garantir a qualidade, prazo e conformidade com as salvaguardas ambiental e social; providenciar o conselho técnico e soluções criativas para os desafios de construção; supervisionar a obra desde o início até ao fim; garantir a manutenção de elevados padrões de construção e segurança; garantir o cumprimento da legislação e diretrizes em vigor, requisitos de saúde e segurança no trabalho, durante a implementação do projecto; aderir e assinar o código de conduta; produzir relatórios periódicos sobre o decurso e desempenho da obra; participar nas reuniões de gestão da obra.

Requisitos

  • Licenciatura em engenharia Civil, Arquitectura ou outra área de formação técnica considerada relevante;
  • Pelo menos 5 anos de experiência na supervisão de obras de infraestruturas;
  • Bons conhecimentos em tecnologias de comunicação;
  • Conhecimento em projectos de instalação de iluminação pública fotovoltaico;
  • Facilidade de comunicação e capacidade de colaboração em equipa;
  • Fluência no Português e bons conhecimentos no Inglês;
  • Preferência por candidatos residentes no local da vaga;
  • Nacionalidade Moçambicana.

Oferecemos

A possibilidade de trabalhar em um projecto que oferece condições salariais compatíveis com o grau de experiência e nível de responsabilidade da função, bem como, oportunidades de desenvolvimento pessoal.

 

DATA LIMITE DE CANDIDATURA: 04 de Novembro de 2025.

COMO CANDIDATAR-SE

Para candidatar-se, aceda ao link:

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